sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Provérbios populares





FORMIGA, QUANDO QUER SE PERDER, CRIA ASAS : aplica-se às pessoas que galgam elevadas posições sem ter aptidões para elas, ou que não se valem da liberdade para o seu próprio bem.
HÁ SEMPRE UM CHINELO VELHO PARA UM PÉ DOENTE : não há ninguém, por mais velho, doente, feio ou pobre que seja, que não possa encontrar companheiro que o aceite.
NÃO É O MEL PARA A BOCA DO ASNO : não se deve dar o que é bom a quem não é capaz de apreciá-lo.Isto não é para o teu bico, diz-se em frase proverbial.
O BOM PAGADOR É HERDEIRO NO ALHEIO : pagando-se as dívidas conscientemente, preserva-se ou aumenta-se o crédito.
OS CÃES LADRAM E A CARAVANA PASSA : quem está seguro ou convicto do que faz, não recua, por mais geral e ruidosa que seja a desaprovação alheia.
PELA BOCA MORRE O PEIXE : aplica-se este adágio tanto à incoveniência de se falar demais como ao perigo de se comer em demasia.
A MELHOR ESPIGA É PARA O PIOR PORCO : quase sempre os que menos merecem são os que mais vantagens obtêm.
A ORDEM É RICA E OS FRADES SÃO POUCOS : aplica-se a quem gasta mais do que tem ou pode.
CADA QUAL SABE ONDE LHE APERTA O SAPATO : só a própria pessoa é que sabe as necessidades que tem ou passa.
COM VINAGRE NÃO SE APANHAM MOSCAS : não é com violência, imitação ou maus modos que atraímos a simpatia dos que nos cercam.
DE PEQUENINO SE TORCE O PEPINO : educação vem da infância; é em criança, ou desde o começo, que as pessoas, os animais domésticos, os hábitos etc. Devem ser modelados.
DEPOIS DA TEMPESTADE VEM A BONANÇA : a alegria deve sobrevir à tristeza, a felicidade ao infortúnio.
DINHEIRO NÃO TEM CHEIRO : aplica-se este adágio àqueles que não se preocupam com a maneira de ganharem dinheiro, contanto que o ganhem.
EM BOCA FECHADA NÃO ENTRA MOSCA : a discrição evita muitos contratempos; é melhor falar pouco, e sómente nas ocasiões oportunas.
QUEM COMEU A CARNE, QUE ROA OS OSSOS : quem nos bons tempos foi favorecido, deve arcar com as dificuldades nos tempos adversos.
QUEM COMPRA O QUE NÃO PODE, VENDE O QUE NÃO QUER : o luxo, em pessoas que não tem condições de mantê-lo, acaba por trazer-lhes humilhações e desgostos.
QUEM DÁ AOS POBRES EMPRESTA À DEUS : forma de incentivar a caridade, acenando com farta recompensa na vida futura aos que nesta praticam o bem.
QUEM NÃO TRABUCA NÃO MANDUCA : quem não trabalha não come. Diz o adágio que todos devem produzir para ganhar honestamente o seu sustento.
ROUPA SUJA LAVA-SE EM CASA : as desavenças familiares devem ser resolvidas no recesso do lar, sem provocar escândalo.
VÃO-SE OS GATOS, FOLGAM OS RATOS : patrão fora, feriado na loja, diz outro ditado. Quando estão ausentes as pessoas a quem se deve respeito ou obediência, os que lhes obedecem aproveitam de vários modos essa liberdade transitória.

(almanaque do roberto)

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