Piadas de Caipiras!
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O calor na caatinga tava brabo, de rachar. Faltava água nos poços, cheio
de cabeça de boi pelo chão. Ia o Severino numa charrete puxada por um
burrinho velho, o chão parecia uma fornalha.
- Putz! Nunca vi um calor como esse na minha vida! disse o Severino
- Eu também nunca vi! disse o burrinho
- Epa! Nunca ouvi um burro falar... disse o Severino
- Eu também nunca vi! disse a charrete
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Perguntaram pro caipira:
- Quais são as três melhores coisas do Mundo?
- Dinheiro, mulher e bicho de pé.
- Bicho de pé?
E a explicação:
- Claro, de que adianta dinheiro e mulher, se o bicho não está de pé?
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Entrou um cara naquele bar do interior. Levava o cão ao lado. Enquanto
pedia o café, um freguês comentou:
- Que cachorrão!
- Campeão do Mundo! - respondeu o dono.
- Campeão de que?
- De luta de cachorro! Não tem pra ninguém. Ganhou todos os prêmios.
- Acho que não! - respondeu uma vozinha lá do fundo.
- Que isso! Aposto dez mil reais! - retrucou o dono.
O que havia falado se adiantou e disse:
- Tenho um compadre que mora aqui perto e acho que o seu cão não ganha do
dele não. Quer apostar assim mesmo?
- Manda vir!
Meia hora depois, veio um cão magrinho, um tal de Fifiu.
- É essa droga aí que vai vencer o meu Totó?
O pessoal fez a roda. O dono do campeão mal podia segurar o cachorro e o
cãozinho do outro nem aí, não dava a mínima. Fizeram as apostas, os bichos
foram soltos, o campeão partiu pra dentro do Fifiu, que abriu um olho,
levantou a pata e - vapt! - deu uma porrada no campeão, que caiu mortinho
na hora.
- Ohhhhh!!!! - fez todo mundo.
O capiau, dono do Fifiu, passou a mão na gaita e teve até a dignidade de
nem gozar com o desafiante. Quando já ia se retirando com o Fifiu, o dono
do cachorro vencido correu atrás dele e disse:
- Quanto o senhor quer por este cachorro?
- Vendo não, é de estima!
- Então me diga como o senhor conseguiu esta potência? É de que raça?
- Sei não - disse o matuto - Já to com ele há alguns anos. Peguei ele
noutra cidade. Tinha lá um circo que ia fechar, o dono do circo deu o bicho
pra mim, cortei a juba dele e guardei lá em casa.
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Um cearense foi para os Estados Unidos tentar a vida. Tava muito
difícil, quase morreu de fome. Um dia, disseram a ele que o circo que
estava na cidade pagava bem, que tinha uma vaga, que passasse lá.
Ele foi. Chegou lá o dono do circo explicou:
- Só tem pra vaga de leão!
Ou seja, o cearense tinha que se meter dentro da pele de leão e ir pra
jaula, levar chicotada do domador, imitando leão. É evidente que aceitou o
emprego, quase morto de fome. Na hora do espetáculo, meteu-se na pele do
leão e entrou pro corredor, pra sair na jaula, no meio do picadeiro.
Lá no fundo, ele viu, já em cima da barrica, outro leão. Ele gelou.
- Meu Deus, e se aquele leão me estranhar?
E começou a dar tratos à bola sobre como se defender...
- Já sei, vou chegando lá dentro, me encosto no bicho e dou um berro bem
grande pra ele logo se assustar e me respeitar.
E não fez outra coisa. Entrou, se ajeitou perto do outro leão e berrou com
todas as forças do seu pulmão:
-GRRRRRRRRRRRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAGGGGGGFFFHHHHHHHHHH!!!!!!!!!
Foi acabar de dar o grito e ouvir, lá de dentro do outro leão, uma voz
sumidinha dizendo:
- Valei-me, meu padim Ciço!
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Mineiro velho era aquele. Levou a mulher ao médico. O médico mandou a
mulher entrar, o mineiro entrou junto. O médico mandou a mulher se deitar e
começou o exame. Apalpou a mulher na altura do pescoço e perguntou:
- Dói aqui?
A mulher disse que não. Mineiro só olhando.
O médico apalpou na altura da clavícula, depois na altura do peito, depois
na altura do estômago e foi descendo, apalpando e perguntando se doía.
Quando o médico chegou na altura do umbigo, o mineiro interrompeu:
- Olha, doutor, daqui pra baixo o senhor pergunta só.
Deixa que aparpar, eu aparpo!
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Na minha terra, dizia o camponês,
mulher tem direito a três frases por dia:
a) Xo galinha!
b) Cala a boca, criança!
c) A comida tá na mesa!
Na cidade também é assim, dizia o outro, só mudam as frases:
a) Bota o lixo lá fora!
b) Me dá o cheque!
c) Hoje não, to com dor de cabeça!
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O carro cheio de garotas e um pinta bacaníssimo na direção. Lá iam eles
pelo interior de Minas, numa estradinha de terra, fazendo turismo. De
repente, parado no meio da estrada, o Mineirinho.
- Vou gozar esse cara - disse o pinta pras meninas.
- Você vai é entrar bem - disseram as garotas - Esses mineirinhos de beira
de estrada não perdem uma.
- Vão perder hoje. - falou o cara. E parou o carro bem em frente do
Mineirinho.
- Como é o nome desse porquinho aí do seu lado, compadre?
E o Mineirinho, sem tirar os olhos do fumo que tava pitando, respondeu:
- É Ocê!
As meninas caíram na gargalhada.
O rapaz meio perdido, mas vinha vindo uma porca na direção dels e ele teve
uma idéia genial:
- Ah... e aquela que vem lá é a mãe d'Ocê, não?
As meninas adoraram a saída do rapaz, mas pararam logo de rir, quando o
caipira falou pausado:
- Não. Aquilo nem é porca. Aquilo é porco. A mãe d'Ocê eu comi ontem!
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Dez anos depois, a moça do senso voltou àquela cidadezinha do sertão e
constatou que a população não tinha nem aumentado, nem diminuído.
- Caramba! Como isso pode acontecer? - perguntou a alguém.
- É fácil. Cada vez que nasce um bebê, foge um rapaz da cidade.
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Político do interior, em campanha eleitoral, tentando mostrar que é
competente: - Eu sou um homem que se fez por si mesmo!
E uma vozinha lá do fundo:
- E quando é que termina o serviço?
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Respondendo uma enquete feita por uma revista sobre o melhor processo
para o leite não azedar, uma senhora da cidade respondeu:
- É deixá-lo na geladeira...
E uma senhora do interior:
- É deixá-lo na vaca!
Liberdade para falar de Cristo
Há 12 anos
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